domingo, 2 de novembro de 2008

Abro-me

Vou, pra não voltar ao que fui
Revejo tudo em mim, por ti, por nós
Ando no limbo, no umbral da dor
Moro na rua e como restos

Fecho-me em mim, por fora tudo
Choro por mim, por ti, por nós
Corro atrasado ao que quero ser
Mastigo e cuspo o que fui, não sou

Abro-me em fim, por dentro tudo
Amo por mim, por ti, por nós
Chego a tempo ao que então nasci
Mastigo e engulo o que sou, não fui