domingo, 2 de novembro de 2008

Cadafalso

Dor escarnada num leve traço
Flor enforcada no próprio laço
Meu rosto rente ao chão
Num pulo, num tombo, num não

Vejo a noite debaixo de mim
Me viro e o sangue me vem à boca
O tropeço me deixa assim
Sem sentido, sem par, qual orelha moca

O gosto do medo é amargo e forte
Mas se viver é esperar a morte
Vou buscar minha sorte
Do teu amor vou viver no encalço
Vou morar no teu cadafalso

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