Um copo sobre a escrivaninha...
Mais um gole.
A água, já morna, escorrega, involuntariamente, pela garganta.
O pensamento não triunfa, se esvai.
O olhar cansado, perdido e sonolento
Vê, não mais enxerga.
A noite terminou, já é madrugada,
E nada se fez.
O sono aperta, a cama chama,
Mas resisto, teimo e não a atendo.
O pescoço dói, as costas reclamam,
Mas resisto, teimo e continuo.
Tento, mais uma vez, ordenar o pensamento,
Sem êxito, persisto.
A dúvida acorda:
Eu luto ou descanso?
Luto, mas perco.
A madrugada terminou, o sol já subiu,
E nada se escreveu.
Aflição
Há 16 anos
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